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SNS: O desafio da pandemia aos 41 anos

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15-09-2020 12:28h

O Serviço Nacional de Saúde faz 41 anos. Mais de quatro décadas de altos e baixos que perante a pandemia viu o seu papel revalorizado. No entanto, há quem defenda o investimento, mas também a mudança de paradigma de um serviço de todos e para todos.

Se o comportamento do SNS teve os seus elogios, também houve falhas que não poderão acontecer de novo, nomeadamente o encerramento de consultas e tratamentos a doentes não-Covid. José Aranda da Silva, presidente da Fundação SNS, dá algumas sugestões do que se deve fazer.

A 6 de setembro foi noticiada a suspensão de testes da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford que, entretanto, já foram retomados. Há quem possa ver nesta situação um atraso na chegada de uma vacina ao mercado, mas José Aranda da Silva, primeiro presidente do Infarmed e ex-bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, tem uma visão positiva. Acredita na chegada da vacina até ao final do ano e valoriza o desenvolvimento de diferentes vacinas com tecnologias variáveis.

No entanto, alerta que “o SNS per si não tem capacidade para ter uma cobertura total” e que para haver uma vacinação em massa no mais curto espaço de tempo, deveria ser alargada por exemplo às farmácias.

Para José Aranda da Silva há alterações que são fundamentais no SNS, nomeadamente na resposta prioritária aos doentes e não às instituições ou aos profissionais. O presidente da Fundação SNS afirma que “a saúde não é uma despesa, é um investimento” e que o financiamento anunciado pelo Governo tem de ser acompanhado de mudanças.

Considerado um dos melhores do mundo, o Serviço Nacional de Saúde ainda pode melhorar para o bem de todos. Mas o trabalho e o esforço para se alcançar esse objetivo tem de partir de todos, inclusive da sociedade civil.

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