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ExxonMobil apoia mulheres e crianças expostas ao HIV nos arredores de Maputo

LUSA
10-08-2020 15:12h

A petrolífera norte-americana ExxonMobil vai disponibilizar 40 mil dólares (34 mil euros) para beneficiar mais de 1.200 mulheres e crianças expostas ao HIV e à covid-19 na Matola, nos arredores da capital moçambicana.

O apoio resulta de uma parceria entre a ExxonMobil e a organização não-governamental africana Mothers2mothers, indica uma nota distribuída hoje à comunicação social.

"O apoio será investido no Centro de Saúde da Matola II, em Maputo, para empregar 20 ‘Mães Mentoras’ - mulheres que vivem com HIV e são trabalhadoras comunitárias de saúde. Estas mães mentoras utilizarão as suas competências e experiência prática para aumentar o número de mulheres que acedem aos serviços de prevenção da transmissão vertical do HIV", explica a nota.

O montante vai servir também para aumentar uso da tecnologia móvel e digital para alargar as atividades de sensibilização contra a pandemia de covid-19, num momento em que o país regista um total de 2.269 casos positivos de infeção pelo novo coronavírus e 16 vítimas mortais, segundo as mais recentes atualizações.

Segundo dados da empresa, desde 2017, a ExxonMobil investiu mais de seis milhões de dólares (5 milhões de euros) em todo o país em programas comunitários nas áreas de saúde, educação, empoderamento da mulher, agricultura e conservação.

A petrolífera norte-americana lidera com a italiana Eni o consórcio de exploração e gás natural da Área 4 da bacia do Rovuma, ao largo da costa de Cabo Delgado, Norte de Moçambique.

A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma 'joint venture' em co-propriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70 por cento de interesse participativo no contrato de concessão.

A portuguesa Galp, a KOGAS (Coreia do Sul) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detêm cada uma participações de 10%.

No início do mês de abril, a ExxonMobil anunciou oficialmente o adiamento, sem prazo, da decisão final de investimento para o seu megaprojeto de gás natural na área.

O adiamento deve-se a um corte em 2020 nas despesas de capital em 30% e nas despesas operacionais em 15% devido à queda dos preços do petróleo e derivados, provocada pelo excesso de oferta e baixa procura em consequência da pandemia de covid-19.

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