No caso da cara, Daniela Cunha dá nota de algumas situações pré-existentes que podem agravar-se com a utilização de máscaras. A dermatologista destaca que a proteção do rosto deve ser a adequada e não excessiva e, quando possível, a pele do rosto deve “respirar”, seguindo sempre as normas da Direção Geral da Saúde.

As mãos estão também no foco das recomendações da DGS. Daniela Cunha alerta para o uso indevido de luvas, que podem dar uma falsa sensação de proteção. As luvas devem ser utilizadas apenas em situações específicas. A dermatologista dá o exemplo de situações erradas que podem acontecer em supermercados e, mais uma vez, exalta a correta higienização das mãos como o fator mais importante.

Daniela Cunha refere que a mais frequente higienização das mãos pode levar ao surgimento de eczemas na pele. Por isso mesmo, a dermatologista deixa alguns conselhos: um sabonete suave; uma lavagem que não implica água quente, já que esta retira a gordura natural das mãos; lavagem sem adornos, como anéis ou pulseiras, que podem reter sabonete ou humidade potenciadores de eczemas; a não necessidade de escovas; a correta secagem no final. A especialista explica ainda que os desinfetantes devem ser apenas utilizados em mãos “visivelmente limpas”.

A dermatologista chama a atenção para as unhas com verniz ou compridas, já que estas podem constituir um reservatório de agente infecciosos, e não apenas do SARS-CoV-2, responsável pela Covid-19.