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Covid-19: “O sol não sabe onde é que nós estamos e devemos ter sempre cuidado” – dermatologista

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27-05-2020 12:17h

Devido à pandemia da Covid-19, o início de 2020 deixou-nos a quase todos confinados em casa. No entanto, o mês de maio está, progressivamente, a levar-nos para fora de portas. Naturalmente a nossa pele também fez este circuito, já habitual em anos anteriores no contraste entre inverno e verão.

Daniela Cunha, dermatologista, explica-nos que este contraste está a ser ainda maior em 2020, já que maio está a trazer temperaturas acima do normal. Esta súbita mudança climática coincide com uma súbita mudança de comportamentos.

O regresso à exposição solar, em 2020 de forma súbita depois de quase dois meses de confinamento, tem duas manifestações mais habituais. A dermatologista destaca as erupções polimorfas à luz, como urticárias ou eczemas, e as queimaduras solares. Daniela Cunha alerta para uma pele menos preparada para uma exposição abrupta ao sol, sobretudo depois de estarmos tanto tempo fechados. Esta “avidez de vida ao ar livre” pode levar a “comportamentos errados”. 

O verão de 2020 pode vir a ser uma estação de luta por um lugar ao sol nas praias, de acordo com as normas da Direção Geral da Saúde. Daniela Cunha sublinha que as pessoas devem mesmo sair do areal à hora de segurança e não esticar a ocupação do lugar que conseguiram de manhã. A dermatologista destaca ainda algo que costuma dizer aos seus pacientes: “O sol não sabe onde é que nós estamos. Na praia, no campo ou na cidade o risco é o mesmo e devemos ter os mesmos tipos de cuidados”.

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