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Covid-19: Dura Automotive do Carregado a produzir com metade dos trabalhadores na 2ªfeira

22-05-2020 14:31h

A fábrica do Carregado da Dura Automotive, reaberta desde o início do mês na sequência das medidas de desconfinamento da pandemia, começa a produzir com metade dos trabalhadores a partir de segunda-feira, disse hoje fonte da empresa.

Na fábrica do Carregado, no concelho de Alenquer, distrito de Lisboa, "vamos trabalhar a 50% da nossa capacidade a partir de segunda-feira" afirmou Elisabete Cruz, diretora dos recursos humanos da empresa, à agência Lusa.

"Os nossos clientes já estão a pedir mais", adiantou, acrescentando que "alguma da produção é para a Autoeuropa".

A fábrica da Guarda mantém-se a funcionar com duas dezenas de trabalhadores desde o início deste mês.

Ainda assim, foi prolongado até 21 de junho o 'lay off' para cerca de 80 trabalhadores da fábrica do Carregado e 135 da Guarda, com suspensão total ou parcial dos contratos de trabalho.

A fábrica do Carregado possui 200 trabalhadores, enquanto a da Guarda tem 155.

A empresa entrou em 'lay-off' em 25 de março na fábrica do Carregado e em 27 de março na da Guarda na sequência da crise no setor automóvel, provocada pela pandemia de covid-19.

"Tendo em conta a pandemia, os nossos clientes cancelaram as encomendas, não tínhamos trabalho para os nossos trabalhadores e parámos a laboração", justificou na ocasião a responsável.

As duas fábricas da Dura Automotive produzem componentes para o setor automóvel.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou quase 330 mil mortos e infetou mais de 5,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,9 milhões de doentes foram considerados curados.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num "grande confinamento" que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.

O "Grande Confinamento" levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes, prevendo para Portugal uma recessão de 8% e uma taxa de desemprego de 13,9% em 2020.

Portugal contabiliza 1.289 mortos associados à covid-19 em 30.200 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

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