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Covid-19: Vacina não pode ser um luxo, tem de ser universal – Von der Leyen

LUSA
19-05-2020 15:58h

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu hoje, a propósito da Assembleia Mundial da Saúde, que a vacina para a covid-19 “não pode ser um luxo” apenas disponível para algumas pessoas, devendo haver acesso “universal”.

“A vacina para o novo coronavírus não pode ser um luxo apenas acessível por um número reduzido de pessoas, mas sim um bem comum e universal”, argumenta Ursula von der Leyen, numa declaração publicada em vídeo a propósito da 73.ª Assembleia Mundial da Saúde, que hoje termina e está a decorrer por videoconferência.

Dirigindo-se na mensagem ao diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, a líder do executivo comunitário vinca que, “em altura de pandemia global, tem de existir cooperação”.

“Precisamos de lutar e de combater o novo coronavírus em todos os continentes” e “agora é altura de atuar”, apela.

Para isso, Ursula von der Leyen sustenta que são necessários “tratamentos, medicamentos e vacinas e [que] estes têm de ser acessíveis para todos”.

“Uma vez desenvolvidos, estes tratamentos e vacinas devem ser distribuídos mundialmente e ser acessíveis para todos”, adianta a responsável.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 318 mil mortos e infetou mais de 4,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.247 pessoas das 29.432 confirmadas como infetadas, e há 6.431 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados (cerca de 2,1 milhões contra 1,9 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (cerca de 127 mil contra mais de 167 mil).

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.

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