SAÚDE QUE SE VÊ

Patrões mexicanos pedem ao Governo para reabrir indústrias exportadoras

22-04-2020 20:37h

A confederação patronal mexicana insistiu hoje na necessidade de equiparar a lista de atividades essenciais com as existentes nos Estados Unidos e Canadá para que possam reabrir as suas indústrias exportadoras consideradas não imprescindíveis.

“Estamos muitos conscientes do que está a suceder em termos de saúde e vamos tentar ter muito cuidado”, explicou Raúl Picard, porta-voz da Confederação de Câmaras Industriais (CONCAMIN), numa referência do apelo ao Governo para negociar uma abertura destas indústrias.

O consultor Eduardo Solís, presidente até janeiro passado da Associação Mexicana da Indústria Automóvel (AMIA), alertou para o risco de os países vizinhos da América do Norte (EUA e Canadá) e os países europeus procurarem novos fornecedores caso o México “não seja confiável”.

“O risco é latente. Podemos perder esta grande oportunidade que garantimos durante anos”, advertiu após estabelecer em 90 mil milhões de dólares (83 mil milhões de euros) de excedente gerado pela balança comercial da indústria automóvel mexicana em 2019.

Outro responsável da CONCAMIN, Alejandro Malagón, referiu-se ao seu contacto com o embaixador dos Estados Unidos no México, Christopher Landau, que “está consciente” da necessidade de criar “um plano modelo” entre os dois países.

“Estou a fazer tudo o que posso para salvar as cadeias de aprovisionamento México-Estados Unidos-Canadá que se criaram nas últimas décadas (…). A integração económica da América do Norte exige coordenação”, escreveu Landau terça-feira na rede social Twitter.

O Presidente do país, Andrés Manuel López Obrador, tem declarado a sua disposição em facilitar a reabertura de fábricas interdependentes com outros países, apesar de as suas atividades estarem atualmente paralisadas até 30 de maio devido à pandemia de covid-19.

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