Em entrevista ao Canal S+, António Araújo, presidente da Seção Norte da Ordem dos Médicos explica que da ideia à concretização passaram 17 dias apenas até colocar de pé a nova unidade hospitalar que vai complementar a resposta do Porto ao número de vítimas da pandemia, concentrados até então no Hospital de São João e no Hospital de Santo António. Foi sobretudo uma operação conjunta que reuniu diversos parceiros do município liderado por Rui Moreira, entre eles políticos, económicos e sociais.

A nova unidade hospitalar de retaguarda tem 27 enfermarias, cada uma com 6 camas fornecidas pelo Exército, um posto de comando, bem como cantina, balneários e áreas de descanso com pequenos eletrodomésticos.

No novo Hospital de campanha Porto. vão trabalhar entre 400 a 450 médicos e internos, cerca de 350 enfermeiros e 250 auxiliares todos em regime de voluntariado, adianta o professor António Araújo que explica que todos os profissionais envolvidos tiveram de receber formação específica para saberem lidar da melhor forma possível com os doentes infetados com o Sars-COV 2.

Neste momento, estão internados 6 doentes COVID-19 no Hospital Porto., mas é expectável que amanhã entrem mais 6 ou 7. A ideia é aumentar de forma “progressiva e crescente o número de doentes no Hospital”, explica o clínico que dirige a Unidade de Oncologia Médica do Centro Hospitalar Universitário do Porto.

O novo hospital de campanha Porto. dispõe de circuitos bem definidos, de modo a prevenir novas infeções e que permite aos doentes circularem na “área vermelha” e aos voluntários a circularem pela “área verde” sem grandes constrangimentos.

 A unidade deve manter-se em funcionamento até 31 de Julho.