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Covid-19: Prolongamento da emergência torna urgente minimizar impactos negativos - CDS

LUSA
02-04-2020 23:57h

O líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, defendeu hoje que o prolongamento das normas do estado de emergência devido à pandemia "torna urgente minimizar o impacto negativo" das medidas "na economia e nos rendimentos das pessoas".

Num vídeo enviado à agência Lusa de reação à mensagem desta noite do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a prorrogação do estado de emergência por mais 15 dias devido à pandemia da covid-19, Francisco Rodrigues dos Santos reiterou o apoio a esta decisão "por considerar ser ainda bastante prematuro afrouxar nas medidas musculadas que permitem exercer pressão sobre a curva dos contágios".

"Mas o prolongamento destas normas de emergência torna urgente minimizar o impacto negativo das mesmas na economia e nos rendimentos das pessoas e reforça a necessidade de haver um verdadeiro controlo sanitário", defendeu.

O presidente do CDS-PP elencou depois as medidas que o partido tem vindo a apresentar "mantendo o espírito construtivo que tem pautado as relações com o Governo".

Assim, no plano económico, os centristas insistem que "os gerentes e os administradores das empresas tenham a acesso ao regime de lay-off simplificado" e que "os profissionais liberais tenham direito a uma prestação social extraordinária".

"E que seja criada uma nova tabela de retenção na fonte que permita ajustar o imposto pago pelos contribuintes àquele que é efetivamente devido", defendeu.

Rodrigues dos Santos volta a insistir numa "testagem massificada no país, nomeadamente nos lares", e que "para os idosos seja criada uma rede de apoio".

Por outro lado, defende “que, para os profissionais de saúde, sejam dados todos os equipamentos de proteção individual de que precisam".

Para o líder do CDS-PP, estas soluções "são fundamentais para que nenhum português fique para trás".

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 51 mil.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 209 mortes, mais 22 do que na quarta-feira (+11,8%), e 9.034 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 783 em relação a terça-feira (+9,5%).

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março, tendo a Assembleia da República aprovado hoje o seu prolongamento até ao final do dia 17 de abril.

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