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Governo Trump retira recomendação da vacina contra hepatite B aos recém-nascidos

Lusa
06-12-2025 00:11h

A comissão sobre vacinas dos Centros para o Controlo e a Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em Inglês) dos EUA retirou hoje a sua recomendação de vacinar contra a hepatite B os recém-nascidos no país, que existia desde 1991.

A vacina contra a hepatite B é administrada aos bebés em três doses, a primeira das quais 24 hora depois do nascimento, enquanto a segunda é-o no primeiro ou segundo mês e a terceira entre os seis e os 18 meses.

A comissão sobre vacinas dos CDC determinou que vão ser os próprios pais que decidem, em consulta com os profissionais relevantes, se a primeira picada da vacina é dada 24 horas depois do nascimento ou se é adiada até aos dois meses, no caso em que a mãe tenha dado negativo ao teste.

No caso de bebés nascidos de mães que deem positivo à hepatite B - vírus que pode ser transmitido da mãe para o feto -, a recomendação da vacina 24 horas depois do parto mantém-se, informou a NBC News.

Isto ocorre após o secretário da Saúde, Robert F. Kennedy Jr. - que tem questionado a eficácia das vacinas - ter despedido em junho 17 peritos da comissão, substituindo-os por afins do governo.

O subsecretário do Departamento da Saúde, Jim O'Neill, foi nomeado para dirigir os CDC, em substituição de Susana Monarez, depois de esta ter denunciado ter recebido pressões para aceitar as narrativas anti-vacinas.

Kennedy tem-se mostrado contra várias vacinas, incluindo a que é para o covid-19, que chegou a definir como "a mais letal alguma vez fabricada", além de apoiar as teorias da conspiração de que as vacinas causam autismo.

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