A Unidade Local de Saúde (ULS) de Braga evitou cerca de 2.500 idas ao Serviço de Urgência no primeiro ano de funcionamento da Clínica de Ambulatório de Medicina Interna (CAMI), foi hoje anunciado.
Em comunicado, a ULS acrescenta que aquela resposta diferenciada “tem permitido resolver, de forma célere e eficaz, situações clínicas agudas em doentes com patologia médica de base, assegurando um acompanhamento mais próximo e contínuo, idealmente sem necessidade de recurso à urgência hospitalar”.
Ao longo do último ano, a CAMI realizou 548 primeiras consultas, 1.952 segundas consultas e 486 sessões no Hospital de Dia.
Para a ULS, estes números evidenciam a importância da CAMI no reforço da articulação entre os cuidados hospitalares e os cuidados de saúde primários.
“Através deste modelo, os utentes são avaliados em tempo útil por médicos e enfermeiros, permitindo a estabilização clínica e, sempre que possível, evitando o internamento”, refere o comunicado.
A CAMI foi criada com o objetivo de dar resposta às necessidades agudas dos utentes seguidos em consulta externa e às referenciações provenientes dos cuidados de saúde primários, “garantindo uma avaliação médica rápida e uma decisão clínica adequada”.
O circuito de referenciação é simples e direto: os profissionais dos cuidados primários contactam a equipa da CAMI, podendo o utente ser observado no prazo de 24 a 72 horas.
A funcionar todos os dias úteis, entre as 08:30 e as 17:00, a clínica de ambulatório conta com uma equipa multidisciplinar dedicada, constituída por médicos internistas, enfermeiros e técnicos auxiliares de saúde.
A ULS diz que o modelo tem contribuído para uma gestão mais eficiente dos recursos hospitalares e para o reforço da continuidade e humanização dos cuidados, aproximando o acompanhamento hospitalar da realidade dos cuidados de proximidade.
Para a diretora clínica da ULS Braga, Aldara Braga, a criação da CAMI representou “um passo importante” na reorganização da resposta assistencial da Medicina Interna, promovendo maior proximidade entre os diferentes níveis de cuidados e evitando deslocações desnecessárias às urgências.
“Os resultados alcançados neste primeiro ano comprovam a eficácia do modelo. Mais de 2.500 episódios foram resolvidos em ambulatório, traduzindo-se em ganhos evidentes de acessibilidade, rapidez de resposta e qualidade assistencial, com benefícios diretos para os utentes e para o sistema de saúde”, sublinha Aldara Braga.