Um médico ortopedista foi condenado a quatro anos de prisão efetiva por ter violado duas utentes durante consultas no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, em Penafiel, no distrito do Porto, adiantou hoje a Procuradoria-Geral Regional do Porto.
Além da pena de prisão, o arguido ficou ainda proibido de exercer a profissão pelo mesmo período, ou seja, quatro anos, referiu.
A procuradoria salientou que o coletivo de juízes do Tribunal de Penafiel, onde decorreu o julgamento, deu como provado que o médico, a 12 de abril de 2022 e 03 de maio de 2023, violou duas utentes diferentes.
A pretexto de estar a efetuar tratamentos necessários às utentes, o ortopedista decidiu tirar proveito dessa situação para as constranger a contactos sexuais contra a vontade das mulheres.
O tribunal determinou ainda que o arguido permaneça sujeito à medida de coação de proibição do exercício da profissão de médico.
Na acusação, deduzida em 09 de maio de 2024, o Ministério Público referia que, a “pretexto de estar a efetuar tratamentos às vítimas", em contexto de consulta, o médico aproveitou para "as constranger a contactos de natureza sexual".