O grupo parlamentar do Livre solicitou ao Governo esclarecimentos sobre as razões que levaram ao encerramento das urgências do Hospital Geral de Coimbra (Hospital dos Covões) e à decisão da sua reconversão em Centro de Atendimento Clínico.
“Quais os fundamentos técnicos e estratégicos que justificam a decisão de encerramento das urgências do Hospital Geral de Coimbra (Covões) e da sua reconversão em Centro de Atendimento Clínico?”, lê-se na pergunta direcionada à ministra da Saúde.
No documento enviado na quarta-feira a Ana Paula Martins, o grupo parlamentar do Livre na Assembleia da República sublinhou que o Hospital Geral de Coimbra tem desempenhado, ao longo de décadas, um papel fundamental no acesso a cuidados de saúde na região Centro, em particular para as populações de Coimbra e concelhos limítrofes.
“O seu serviço de urgência, com reconhecida capacidade técnica e humana, tem assegurado respostas essenciais em várias especialidades, contribuindo de forma decisiva para o funcionamento integrado do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)”.
O Livre deu ainda conta da “forte preocupação” entre profissionais de saúde, autarcas, utentes e associações locais que vem sendo gerada, nas últimas semanas, com as confirmadas notícias sobre o encerramento das urgências do Hospital dos Covões.
“Tal preocupação foi confirmada após a comunicação formal, por parte da Unidade Local de Saúde de Coimbra, da decisão de encerramento do serviço de urgência e da sua reconversão em Centro de Atendimento Clínico”, indicou o partido.
Segundo o Livre, esta decisão tem por consequência “uma redução grave da capacidade de resposta dos serviços de urgência na região, com potenciais impactos na qualidade e segurança dos cuidados prestados à população”.
“Que medidas estão previstas para garantir a manutenção da capacidade de resposta em urgência na cidade de Coimbra e nos concelhos da sua área de influência?”.
O Livre pretende ainda que o Governo venha explicar de que forma pretende assegurar a continuidade de funcionamento das restantes valências hospitalares e a valorização das equipas clínicas e de enfermagem atualmente afetas aos Covões.