A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) instaurou hoje um processo de esclarecimento sobre o transporte de um bebé em estado crítico desde o Hospital de Faro até ao Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, de ambulância.
Em comunicado, a IGAS acrescenta que, no âmbito deste processo, pediu ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e à Unidade Local de Saúde do Algarve para se pronunciarem sobre o caso.
O pedido da IGAS surge depois de um bebé em estado grave ter sido transportado, no sábado, de Faro para Lisboa de ambulância por, segundo a CNN, o helicóptero do INEM não estar em condições para o transporte.
Também a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) respondeu à Lusa que “instaurou um processo de avaliação ao caso” para avaliar os factos relatados na notícia do transporte, por via terrestre, de um bebé por o helicóptero não estar operacional.
De acordo com a CNN, o bebé nasceu com uma hemorragia cerebral congénita no Hospital de Portimão, na sexta-feira, tendo sido transportado de urgência para o Hospital de Faro com uma referência para neurocirurgia, mas face à gravidade da situação teve de ser encaminhado para Hospital Dona Estefânia, em Lisboa.
Segundo alguns órgãos de comunicação social, a equipa médica pediu ao INEM para que o bebé fosse helitransportado para Lisboa, mas o helicóptero estacionado em Loulé não tinha condições para cumprir o transporte.
Numa nota enviada às redações, o INEM esclareceu que o bebé não poderia ser transportado pelos helicópteros das bases de Évora ou Loulé “devido às condições meteorológicas adversas”.
“O INEM assegurou a resposta por via terrestre, através da Ambulância de Transporte Inter-hospitalar Pediátrico, garantindo o transporte e o acompanhamento médico ao bebé com a máxima segurança”, garante ainda o instituto.
Vários órgãos de comunicação social indicam que a aeronave do INEM estava inoperacional no sábado.