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Governo açoriano diz que nomeações na saúde em São Jorge só após mudanças orgânicas

LUSA
31-10-2025 15:43h

A secretária da Saúde e Segurança Social do Governo açoriano apontou hoje alterações orgânicas para justificar a demora nas nomeações da Unidade de Saúde de São Jorge e prometeu um novo comissariado para a infância na próxima semana.

Questionada pelos jornalistas, Mónica Seidi explicou que está a ser preparada uma alteração na orgânica da Unidade de Saúde da Ilha de São Jorge, que vai ser submetida a Conselho de Governo e só depois será feita a nomeação do novo conselho de administração.

“É um processo técnico, que teve uma avaliação dos serviços. Posta esta primeira avaliação, é necessário ser submetido a Conselho do Governo para aprovação. Posteriormente, irá ser nomeado o conselho de administração”, explicou, falando à margem de uma cerimónia no Hospital de Ponta Delgada.

Mónica Seidi garantiu que todas as decisões necessárias para o funcionamento da unidade foram tomadas, apesar do processo de alteração orgânica.

“Não faria sentido estar a fazer duas nomeações de seguida para a mesma unidade de saúde de ilha. Acautelámos que o funcionamento, nomeadamente os poderes de decisão do presidente, estivessem acautelados durante este tempo”, afirmou.

Já sobre o Comissariado dos Açores para a Infância, a secretária regional prometeu anunciar um novo presidente na próxima semana.

“É uma situação que na próxima semana estará resolvida”, assegurou.

As duas situações motivaram críticas do PS/Açores, maior partido da oposição, que na terça-feira questionou o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) sobre a demora na nomeação do novo conselho de administração da Unidade de Saúde de São Jorge, há cerca de nove meses sem presidente.

Em comunicado, o partido considerou que a ausência de nomeação do conselho de administração da Unidade de Saúde de São Jorge “tem vindo a prejudicar a coordenação e o normal funcionamento dos serviços de saúde na ilha”.

Também na terça-feira, o grupo parlamentar socialista “manifestou sérias preocupações quanto ao atual funcionamento” do Comissariado dos Açores para a Infância, organismo criado para promover e proteger os direitos das crianças e jovens na região e que se encontra “sem presidente e sem uma equipa técnica multidisciplinar estável”.

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