O Governo de Taiwan suspendeu hoje temporariamente as exportações de carne de porco, após a deteção de um possível surto de peste suína africana no centro da ilha, informou a agência noticiosa CNA.
Em conferência de imprensa, a vice-ministra da Agricultura, Tu Wen-jane, afirmou que, no cumprimento da “responsabilidade como país exportador”, Taiwan só retomará as exportações de carne suína “quando a situação epidemiológica estiver esclarecida”.
O diretor do Departamento de Pecuária, Lee Yi-chien, indicou que os inventários atuais de carne de porco correspondem a cerca de um mês de consumo, o que “deverá ser suficiente para satisfazer a procura no curto prazo”.
As medidas foram anunciadas após a deteção de um possível surto de peste suína africana na cidade de Taichung, concretamente no distrito costeiro de Wuqi, onde morreram 117 suínos infetados entre 10 e 20 de outubro, segundo o Ministério da Agricultura.
O titular da pasta, Chen Junne-jih, informou que já foram abatidos 195 animais e foi lançada uma investigação em todas as explorações suinícolas da ilha para determinar a origem da infeção.
Como parte das medidas de prevenção, o ministério anunciou a proibição, a partir de hoje, do transporte e abate de suínos em todo o território durante cinco dias, além da proibição do uso de restos alimentares na alimentação dos animais.
A ilha, que em maio foi reconhecida como o único território da Ásia livre de peste suína africana, peste suína clássica e febre aftosa, exporta carne de porco para vários países, incluindo Filipinas e Singapura. Até ao final de setembro, as exportações superavam as 250 toneladas de carne fresca e congelada.
Nos últimos anos, Taiwan implementou diversas regulamentações para proteger a indústria suinícola, que gera cerca de 70 mil milhões de dólares taiwaneses (cerca de 1.960 milhões de euros) por ano.
A peste suína africana não afeta os seres humanos, mas é altamente letal para os suínos, com taxas de mortalidade que podem atingir os 100% nas formas mais agudas.