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Lançada “primeira pedra” de creche intermunicipal no hospital de Leiria

LUSA
15-09-2025 15:21h

A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL)e a Unidade Local de Saúde de Leiria lançaram hoje a “primeira pedra” da futura creche intermunicipal no hospital de Santo André, em Leiria.

A creche terá uma capacidade inicial para 46 crianças, distribuídas por 14 lugares em berçário, 14 para crianças com marcha até 24 meses e 18 para crianças dos 24 aos 36 meses.

O espaço funcionará com horário alargado, sete dias por semana, em dois turnos, “assegurando o apoio a famílias com turnos irregulares, em particular famílias monoparentais ou sem rede de suporte familiar”, refere uma nota de imprensa da CIMRL.

Com um investimento de 1,7 milhões de euros, com financiamento de 85% do Programa Regional do Centro – Centro 2030, o restante valor será assegurado pelas câmaras municipais que integram a CIMRL, em partes a decidir.

A empreitada terá um prazo máximo de execução de 12 meses, prevendo-se a abertura da creche em outubro de 2026.

“Este é um projeto, pela sua característica, inovador e representa uma grande oportunidade de transmitirmos estabilidade familiar e profissional aos profissionais de saúde deste hospital”, adiantou o presidente da CIMRL.

Gonçalo Lopes, que também preside à Câmara de Leiria, acrescentou que se trata de “uma resposta que irá permitir atrair e fixar jovens profissionais, jovens famílias, sejam eles médicos, enfermeiros ou outro tipo de profissionais de saúde, no nosso hospital, dando como suporte esta oferta que acaba por ser mais um argumento para encontrar em Leiria um local de trabalho em especial nestas áreas da saúde”.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Rosário Palma Ramalho, reconheceu hoje em Leiria, durante a sessão, que Portugal tem “um problema de natalidade terrível”, pelo que é preciso “olhar com muito carinho para as jovens famílias, as que se querem constituir e as que já se constituíram, mas querem conciliar o ser família com uma atividade profissional”.

“Se as mães quisessem ficar em casa, elas [creches] não seriam tão necessárias. Acontece que as mães, e muito legitimamente, querem continuar a trabalhar. Os pais, e muito legitimamente, querem continuar a trabalhar e mesmo assim serem mães e pais. E, portanto, as creches desempenham um papel fundamental”, sublinhou.

Para a governante, “projetos como este são um valor acrescentado muito significativo em relação a todos os programas de creches públicos que possam existir, porque são algo que surge a nível regional, e por verificação das necessidades nesse âmbito regional”.

Rosário Palma Ramalho adiantou que este exemplo, poderia ser replicado em empresas, “porque é isso que permite mais facilmente que as mães e os pais façam a sua carreira nessa empresa, ficando tranquilas, porque têm ali, mesmo ao pé, um sítio que recebe os filhos”.

“O interessamento das instituições por aquilo que corresponde às necessidades de conciliação entre a vida profissional e familiar dos seus trabalhadores é sempre uma mais-valia. Isto é aquilo que efetivamente precisamos. Não é definir modelos públicos muito formatados à partida e esperar que todos se adaptem. É aceitar, acolher aquilo que são as iniciativas das instituições”, acrescentou.

Para o presidente da Unidade Local de Saúde da Região de Leiria (ULSRL), Manuel Carvalho, “este projeto da creche intermunicipal traduz bem os dois valores que fazem parte da matriz do atual conselho de administração da ULSRL: o compromisso e a proximidade”.

“Compromisso, porque assumimos diariamente a responsabilidade de encontrar respostas inovadoras que melhoram a vida dos nossos profissionais, dos nossos utentes, das suas famílias. Proximidade, porque acreditamos que a saúde não se faz apenas dentro das paredes do hospital, mas sim junto das pessoas, no seu dia-a-dia, na sua comunidade”, reforçou Manuel Carvalho.

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