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PCP questiona Governo sobre "situação de fragilidade" de centro de saúde em Coimbra

Lusa
10-09-2025 11:41h

O PCP questionou o Governo sobre os problemas estruturais e a falta de climatização do Centro de Saúde Norton de Matos em Coimbra, que integra a Unidade Local de Saúde de Coimbra, foi hoje anunciado.

Numa pergunta efetuada através da Assembleia da República, pela deputada Paula Santos, a que agência Lusa teve acesso, os comunistas questionam o Ministério da Saúde se tem conhecimento da "situação de fragilidade do edificado e falta de climatização" das unidades de saúde que funcionam no edifício.

Além de questionar que medidas vai tomar o Governo para a implementação de uma solução de climatização eficaz, o PCP perguntou se o Governo "está a tomar medidas para a alocação de verbas necessárias para requalificação das instalações deste Centro de Saúde e para as suas obras urgentes".

O Centro de Saúde Norton de Matos alberga, na cidade de Coimbra, as unidades de Saúde Familiar (USF) Pulsar, Norton de Matos, Briosa e a Unidade de Cuidados na Comunidade Norton de Matos, abrangendo um total de 40 mil utentes.

Na pergunta ao Ministério da Saúde, o PCP descreve que "não existe climatização funcional na maior parte das instalações, há uma ausência de lavatórios em vários gabinetes de enfermagem, o mobiliário e o equipamento terapêutico é desadequado, existem pisos e paredes degradadas, as janelas têm um isolamento deficiente, são adaptadas divisões para funções para as quais não foram concebidas fruto da falta de espaço e não existem planos de emergência".

"No contexto atual de época estival têm-se registado temperaturas interiores elevadíssimas, muitas vezes superiores às registadas no exterior, gerando assim um ambiente de sufoco térmico, degradando as condições de trabalho e o exercício clínico. Estas condições também afetam os utentes, muitos deles idosos, crianças, grávidas e pessoas com doenças crónicas que não se resolvem com a distribuição de ventoinhas".

Segundo os comunistas, já se registaram episódios de mal-estar entre utentes, obrigando a intervenções clínicas emergentes no próprio local e de episódios de falhas no sistema de refrigeração que resultam na inutilização de vacinas armazenadas.

Em fevereiro, as várias unidades de saúde foram atingidas por graves inundações.

No documento, o PCP alertou ainda que o projeto previsto de ampliação daquela unidade não resolve os atuais problemas, na medida em que as novas instalações "não terão capacidade para albergar todas as unidades existentes" e que não estão previstas intervenções nos atuais edifícios.

"Deste modo, a solução estrutural futura não parece estar garantida nem contratualmente prevista", refere ainda pergunta ao Ministério da Saúde.

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