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Mpox: OIM intensifica esforços para conter propagação na África ocidental e central

LUSA
09-09-2025 15:02h

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) anunciou hoje estar a intensificar esforços para conter a propagação Monkeypox (mpox) na África ocidental e central, reforçando os sistemas de saúde nas fronteiras.

A OIM, que está a colaborar com autoridades locais destas regiões africanas, onde se situa a Guiné-Bissau, "mobilizou conhecimentos técnicos, equipas operacionais de emergência e recursos logísticos para reforçar a coordenação, melhorar a vigilância da doença nas fronteiras e realizar um mapeamento da população para orientar intervenções específicas que alcancem as comunidades móveis e os corredores de trânsito de alto risco", referiu a agência da ONU em comunicado.

Segundo a OIM, as regiões fronteiriças da África ocidental e central são particularmente suscetíveis à rápida propagação de doenças infecciosas devido a uma combinação de elevada mobilidade transfronteiriça e infraestruturas de saúde limitadas.

Em toda a África ocidental, a OIM está a trabalhar com governos e parceiros para reforçar a segurança sanitária e a preparação nos pontos de entrada.

Na Guiné-Conacri, por exemplo, mais de 166.000 viajantes já receberam exames de saúde e vacinas realizados por 60 agentes comunitários destacados em 12 pontos de entrada, citou. 

Na Serra Leoa, um exercício de mapeamento da mobilidade realizado pela OIM e pelas autoridades nacionais em Port Loko, Kambia e na Área Urbana Ocidental está a orientar as autoridades para melhor direcionar a prevenção e a divulgação.

No Togo, os sistemas de vigilância e encaminhamento de doenças estão a ser reforçados, com 50 voluntários comunitários treinados agora ativos em 15 pontos de entrada.

Para a OIM, embora a OMS tenha anunciado, em 05 de setembro, que o mpox já não é uma emergência internacional de saúde pública, "a ameaça está longe de ter terminado".

O mpox manifesta-se principalmente com febre alta e o aparecimento de lesões cutâneas, denominadas vesículas.

Identificado pela primeira vez na República Democrática do Congo - país vizinho de Angola - em 1970, a doença esteve durante muito tempo confinado a cerca de dez países africanos.

Tem dois subtipos, o clado 1 e o clado 2. O vírus, há muito endémico na África central, ultrapassou fronteiras em maio de 2022, quando o clado 2 se espalhou pelo mundo, afetando sobretudo homens que têm sexo com homens.

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