Cabo Verde lançou hoje a primeira revista de investigação em Saúde, com temas como envelhecimento ativo e saudável, impacto da covid-19 na saúde mental e qualidade da água consumida, dando visibilidade internacional à investigação feita no país.
"É a primeira revista do género em Cabo Verde, já registada em bases internacionais de escrita científica e em grandes jornais científicos. Queremos dar a conhecer rapidamente a investigação em saúde feita em Cabo Verde e no mundo e contribuir para decisões baseadas em evidência", afirmou a presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), Maria da Luz Lima, à margem da cerimónia de lançamento.
A primeira edição da Revista Cabo-verdiana de Investigação em Saúde foi lançada em português, mas a médio e longo prazo está prevista a tradução para outras línguas, particularmente o inglês, para aumentar o acesso internacional.
"Esperamos que a revista tenha algum reflexo também nos países que não falam português. Um dos objetivos é indexá-la em jornais internacionais de ciência, para que o que é feito em Cabo Verde seja conhecido globalmente e ajude na tomada de decisões baseadas em evidência", acrescentou.
A revista surge como um canal de divulgação da investigação científica feita no país.
Segundo a responsável, vai permitir aos investigadores nacionais, particularmente os que trabalham sobre a saúde e seus determinantes e também sobre tecnologia, divulgar os seus trabalhos em português e inglês.
"A revista pressupõe que os artigos possam ser traduzidos para inglês, para aumentar a divulgação e o acesso internacional. A ideia é mostrar que Cabo Verde ocupa um lugar no mapa mundial da ciência, e é por isso que consideramos fundamental ter uma revista científica da saúde no país", acrescentou Maria da Luz Lima.
A primeira edição contou com contribuições de investigadores de Portugal, Moçambique, Cabo Verde e outros países.
A publicação será anual, podendo passar a bianual ou trimestral conforme o número de artigos recebidos.