"A iniciativa vai aumentar a percentagem de óbitos com causas bem definidas, reduzir o tempo entre a morte e a disponibilização dos dados e atingir uma cobertura superior a 95% nas unidades prioritárias", afirmou o ministro de Saúde, Jorge Figueiredo, na cidade da Praia, após assinatura de um protocolo com a OMS.

Os equipamentos – 30 computadores de secretária, 30 monitores e um portátil – é financiado pela Cooperação Portuguesae e destinam-se a unidades de saúde, serviços centrais envolvidos no registo e análise de causas de morte.

Segundo o governante, o objetivo é construir um sistema de saúde "mais justo e moderno, com metas claras para os próximos 12 meses".

Além disso, pretende-se melhorar a fiabilidade e a atualidade dos dados de mortalidade, apoiar decisões baseadas em evidência, reforçar a formação de profissionais de saúde no uso das novas ferramentas digitais e alinhar o sistema nacional com padrões internacionais de vigilância.

A representante da OMS em Cabo Verde, Ann Lindstrand, destacou que a entrega "reforça todas as delegacias de saúde e serviços centrais, acelerando a digitalização e interoperabilidade do sistema".

Ann Lindstrand reiterou ainda o compromisso da OMS em continuar a apoiar Cabo Verde, promovendo o uso dos dados para salvar vidas, melhorar a qualidade e equidade em saúde e garantir que ninguém fique para trás.

A representante da Cooperação Portuguesa, Odete Serra, afirmou que "Portugal acompanha de perto o setor da saúde em Cabo Verde, reconhecendo o papel da OMS e a importância da cooperação bilateral e multilateral".