SAÚDE QUE SE VÊ

Algumas cirurgias canceladas devido a altas problemáticas - Governo da Madeira

Lusa
11-08-2025 13:07h

O aumento das denominadas altas problemáticas no Serviço de Saúde da Madeira (Sesaram) tem provocado o cancelamento de algumas cirurgias, uma situação que é reavaliada semanalmente, disse hoje a secretária com a tutela no governo madeirense.

“Há pouco tempo foram suspensas algumas cirurgias face ao número de altas clínicas que tínhamos a ocupar camas. Esta medida de suspensão está a ser reavaliada semanalmente. Sempre que estejam reunidas as condições temos retomado as cirurgias normais, mas até agora não foram canceladas muitas cirurgias”, afirmou a secretária regional da Saúde e Proteção Civil.

Falando à margem da cerimónia de integração de 80 novos enfermeiros no Sesaram, no Funchal, Micaela Freitas reforçou, sem especificar o número de cirurgias afetadas, que “os cancelamentos foram poucos”, apontando que o objetivo é “fazer mais cirurgias do que em 2024”.

A governante referiu que os cancelamentos “dependem dos dias” e as remarcações ocorrem de acordo com as disponibilidades. Trata-se de “uma situação passageira, não inédita”, estando em curso a análise da situação para encontrar camas para colmatar o problema das altas problemáticas (em que o doente tem alta médica, mas não tem condições sociais para deixar o internamento).

A Santa Casa da Misericórdia disponibilizou há poucos dias 12 novas camas, que serão ocupadas com base num acordo de cooperação com o Governo Regional.

Segundo a responsável madeirense, em 2024 foram realizadas 18 mil cirurgias no Sesaram e o objetivo “é subir o número”, argumentando que o aumento das altas problemáticas é um desafio mundial que está relacionado com crescimento da longevidade.

Micaela Freitas também salientou que a meta do executivo madeirense é contratar mais 200 enfermeiros e destacou que esta é a região do país com o maior rácio destes profissionais de saúde por habitante (10,5 por mil habitantes).

Aos enfermeiros, pediu, no âmbito da cerimónia, para serem “parte dos cuidados de saúde de excelência que são prestados na Madeira” e que “ajudem as pessoas que recorrem ao serviço”.

“Queremos prestar mais e melhores serviços”, vincou.

MAIS NOTÍCIAS