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Projeto europeu quer melhorar tratamento de tipo raro de linfoma

LUSA
07-08-2025 12:57h

Um projeto europeu, que conta com a participação da Universidade de Coimbra (UC), quer melhorar o diagnóstico, o prognóstico e, consequentemente, o tratamento de leucemias/linfomas de células T maduras, através da medicina personalizada.

Diante da raridade e heterogeneidade dos linfomas de células T maduras – que atuam na defesa do organismo –, “as abordagens terapêuticas existentes revelam-se frequentemente inadequadas”, não permitindo “o controlo da doença a longo prazo”, explicou a equipa de investigação, citada num comunicado da UC, enviado hoje à agência Lusa.

Neste contexto, em que não há evidente melhoria da terapêutica para este tipo de linfoma raro – que pode ter vários subgrupos, com características biológicas específicas – este projeto “pretende identificar e validar novos biomarcadores e alvos terapêuticos clinicamente direcionáveis ao microambiente tumoral imunológico deste tipo de linfoma”.

O objetivo é desenvolver estratégias terapêuticas baseadas na medicina personalizada e de precisão, procurando diagnosticar, monitorizar e tratar a doença, em função das características de cada pessoa.

Segundo a UC, “em Portugal, será efetuada a validação em amostras de doentes dos potenciais biomarcadores identificados por outros parceiros do consórcio, e serão desenvolvidas metodologias aplicáveis à prática clínica com vista à sua implementação clínica”.

O “Interrogation of the immune-microenvironment of T-cell malignancies” (ImmuneT-ME), em curso até abril de 2028, é liderado pela Universidade de Leipzig (Alemanha), e a equipa de investigação, em Portugal, é dirigida pela docente e investigadora da Faculdade de Medicina da UC, Ana Bela Sarmento Ribeiro.

Além da participação de mais seis instituições, oriundas de cinco países, a nível nacional o projeto tem também a colaboração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra e do Instituto Portugal de Oncologia (IPO) de Lisboa.

É financiado pela Parceria Europeia para a Medicina Personalizada (EP PerMed), sendo o apoio monetário português atribuído pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro.

Com uma diversificada equipa clínica e de investigação, esta é uma “oportunidade única para o estudo das leucemias/linfomas de células T maduras”, sublinhou a equipa do ImmuneT-ME.

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