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Nuno Melo e chefe da Força Aérea ouvidos hoje no parlamento sobre apoio à emergência médica

LUSA
23-07-2025 05:00h

O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, e o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general Cartaxo Alves, vão ser ouvidos hoje pelos deputados sobre o apoio que este ramo presta à emergência médica desde o início do mês.

A audição do general João Cartaxo Alves está marcada para as 16:00, à porta fechada, e a do ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, para as 18:30, será aberta à comunicação social.

As audições resultam de dois requerimentos apresentados por Chega e PS para ouvir com urgência o general João Cartaxo Alves sobre o apoio deste ramo no helitransporte de emergência médica com o INEM.

A proposta de audição do ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, partiu do deputado centrista João Almeida, já em pleno debate na comissão parlamentar na semana passada, depois do parlamentar ter criticado o PS por ter apresentado um requerimento com acusações dirigidas ao também presidente do CDS-PP sem o querer ouvir.

Recentemente, o Governo recorreu à Força Aérea para garantir o transporte de emergência, uma solução transitória face à impossibilidade de a empresa (Gulf Med) a quem foi adjudicado o serviço arrancar com a operação em 01 de julho, conforme previa o contrato assinado com o INEM.

Este contrato foi adjudicado à Gulf Med por cerca de 77,5 milhões de euros para uma operação de quatro helicópteros 24 horas por dia até 2030.

Desde dia 10 que a Força Aérea disponibiliza quatro aeronaves em permanência 24 horas para transporte médico de emergência: dois helicópteros (um Black Hawk e um Merlin EH-101) e dois aviões.

Um dos constrangimentos apontados a esta solução do Governo é o facto dos helicópteros da Força Aérea não conseguirem aterrar em heliportos hospitalares, devido às suas dimensões superiores aos ‘helis’ do INEM.

Nuno Melo afirmou no passado dia 09 que o problema não é dos helicópteros mas sim das “infraestruturas que a seu tempo terão que ser dimensionadas para ações de emergência que podem bem ser necessárias”.

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, já reconheceu que o executivo poderia ter feito melhor no lançamento do concurso público internacional e o presidente da Gulf Med Aviation Servisses, Simon Camilleri, culpou o Governo e INEM pelos atrasos no concurso.

Os meios aéreos de emergência médica realizaram nos primeiros 15 dias de julho 29 missões, das quais cinco com o dispositivo da Força Aérea Portuguesa (FAP), segundo o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

 

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