A gigante farmacêutica suíça Novartis anunciou hoje que obteve a aprovação de um tratamento contra a malária para recém-nascidos e bebés pela autoridade de saúde suíça, em colaboração com oito países africanos, que, por sua vez, poderão aprová-lo rapidamente.
Esta versão do seu medicamento, denominada Coartem, também conhecida como Riamet em alguns países, foi desenvolvida em conjunto com a organização Medicines for Malaria Venture (MMV), com sede em Genebra, especializada na investigação e desenvolvimento de medicamentos antimaláricos, revelou a gigante farmacêutica suíça em comunicado.
"Até à data, não existia nenhum tratamento aprovado para a malária em bebés com peso inferior a 4,5 quilos", explicou o grupo suíço.
Esta dosagem, concebida para bebés com peso entre 2 e 5 quilos, foi aprovada pela Swissmedic, a autoridade de saúde suíça.
A Novartis afirmou que oito países africanos participaram na sua avaliação e devem autorizá-la rapidamente, com base num procedimento concebido para promover o acesso a produtos terapêuticos em países de baixo e médio rendimento.
A empresa suíça planeia disponibilizá-lo sem fins lucrativos em áreas onde a doença é endémica, pode ler-se no comunicado.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a malária é uma doença potencialmente fatal transmitida aos humanos pela picada de certos tipos de mosquitos. A doença ocorre sobretudo em países tropicais.
Em 2023, o número de casos de malária foi estimado em 263 milhões e o número de mortes por malária em 597.000 em 83 países.
África é particularmente afetada, com 95% das mortes pela doença registadas nesta parte do mundo, sendo que as crianças com menos de cinco anos representam cerca de 76% das mortes por malária, segundo a OMS.