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Nova estação de bombagem de água vai beneficiar 72 mil pessoas em Maputo

LUSA
08-07-2025 10:44h

Uma nova estação de bombagem de água vai beneficiar ainda este mês 72 mil pessoas na cidade de Maputo, para responder à situação de emergência na capital moçambicana, anunciou o ministro das Obras Públicas.

Com um custo de 3,8 milhões de meticais (50 mil euros), a estação de bombagem da missão Roque deverá ser inaugurada em 31 de julho e vai “responder aos desafios da maioria dos serviços de abastecimento de água na maioria dos Bairros da cidade de Maputo”, disse à imprensa o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Fernando Rafael, ao visitar a obra, na segunda-feira.

Com execução dos trabalhos em “cerca de 95%”, esta é considerada uma “infraestrutura estratégica” e que se vai juntar às outras duas, a de Intaca e Laulane, todas em Maputo, e resolver, também, problemas de falta de pressão, sublinhou Fernando Rafael.

“Vai aumentar a capacidade de produção de água em cerca de 30 mil metros cúbicos por dia. O que é muito bom porque vem responder à situação de emergência que antes nós não conseguíamos em termos do setor de água, onde dependíamos da água que vem do centro distribuidor de Intaca”, explicou.

A estação de bombagem da missão Roque, que já está na fase experimental, não só irá reforçar a disponibilidade de água na capital do país, como poderá trazer outros benefícios, desde logo criando “uma redundância” no sistema.

“No sentido de poupar a água que vem da estação do Umbeluze [província de Maputo], porque já temos esta que vai receber a água do Intaca que vai abastecer o centro distribuidor de Laulane”, disse ainda o governante.

Em Moçambique, a cobertura do acesso à agua ronda aos 63%, de acordo com os dados governamentais, havendo necessidade de reforçar através de construção de mais barragens, especialmente no norte do país.

“Nós estamos cientes de que a cobertura de água ao nível nacional constitui ainda um grande desafio e por isso mesmo nós temos no nosso plano (...) a construção de barragens na zona norte. Por exemplo, está previsto a construção de mais barragens. Nós temos a barragem de Muera [Cabo Delgado], de Macuje [Nampula], a barragem de Locoma [Niassa], porque é por aí que nós vamos conseguir garantir a água segura, através de aumento da capacidade de cobertura”, precisou.

Em agosto, o então Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou que 63,6% da população moçambicana, o correspondente a 20 milhões de pessoas, já tinha à data acesso a água potável.

“No início do meu mandato, em 2015, o acesso à água potável situava-se em 51%, isto é, abastecia 12,6 milhões de pessoas, mas quando nós moçambicanos éramos 20 milhões. (…) Com a implementação de vários programas, com destaque para Água para Vida, o nível de cobertura evoluiu para 63,6%, beneficiando cerca de 20 milhões em 2024”, afirmou Nyusi, durante a inauguração do sistema de abastecimento de água de Pemba, na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.

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