A mortalidade infantil na Unidade Local de Saúde da Arrábida (ULSA) em 2024 foi de 2,78 por mil nados vivos, inferior à média nacional, revelou hoje à Lusa fonte oficial daquela unidade de saúde.
“A taxa de mortalidade infantil da ULSA, em 2024, foi de 2,78 por mil nados vivos no conjunto dos nossos três concelhos - Palmela, Sesimbra e Setúbal -, inferior à mortalidade em Portugal, de três [óbitos] por mil nados vivos”, informou a ULSA em resposta à agência Lusa.
“Em 2023, a nossa taxa de mortalidade infantil foi de 2,36 por mil nados vivos. A diferença deve-se a mais uma morte do que em relação ao ano passado”, sustenta a unidade de saúde que abrange aqueles três concelhos do Península de Setúbal.
O Correio da Manhã revelou hoje que a taxa de mortalidade infantil em Portugal subiu 20% em 2024, ano marcado por vários serviços de urgências de ginecologia e obstetrícia encerrados.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, em declarações aos jornalistas em Vila Real, defendeu que o aumento da taxa de mortalidade infantil está mais relacionado com falta de investimento dos antecessores na área materno-infatil nos últimos anos, do que com o encerramento de urgências de ginecologia e obstetrícia durante 2024.
“Ninguém pode dizer hoje que não está relacionado, mais do que com as urgências [encerradas], com a diminuição, nos últimos anos, daquilo que tem sido o investimento que precisamos de fazer, concretamente, no sistema público, na área materno-infantil”, afirmou Ana Paula Martins, à margem das comemorações do Dia Internacional do Enfermeiro, no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real.
A ministra reconheceu, no entanto, que “ter urgências que estão fechadas ou que são intermitentes não é uma boa resposta” e que “ter urgências de pediatria que estão mais fragilizadas também não é uma boa resposta”.
De acordo com as “Estatísticas Vitais” do INE, registaram-se, em 2024, 118.374 óbitos, mais 0,1% (79 óbitos) do que em 2023, dos quais 252 óbitos foram de crianças com menos de um ano (mais 42 do que em 2023), o que se traduziu no aumento da taxa de mortalidade infantil para 3,0 óbitos por mil nados-vivos (2,5‰ em 2023).