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Covid-19: Governo alemão disponibiliza até 50 milhões de euros para repatriar nacionais

LUSA
17-03-2020 10:46h

O Governo alemão anunciou hoje que disponibilizará até 50 milhões de euros para repatriar os milhares de turistas alemães que estão retidos nos seus destinos de férias no estrangeiro devido à pandemia de Covid-19.

Numa conferência de imprensa, o chefe da diplomacia alemã, Heiko Maas, enfatizou que seu ministério precisa fazer "todo o possível" para facilitar o retorno de turistas retidos.

Maas lembrou que o tráfego aéreo global foi reduzido para um nível muito baixo e que é esperado que desça ainda mais.

Nesse sentido, Maas sublinhou que o Governo estendeu ao mundo inteiro a recomendação de não viajar e apelou aos cidadãos: "Por favor, fiquem em casa".

Em relação à campanha de repatriamento, Maas destacou que se destina principalmente a turistas retidos nas áreas mais afetadas pelas medidas adotadas pelas autoridades para retardar a disseminação do coronavírus e referiu-se em particular a Marrocos, República Dominicana, Filipinas, Egito e Maldivas.

O ministro alemão acrescentou que, exatamente porque as companhias aéreas minimizaram o tráfego aéreo, há aviões suficientes disponíveis e agradeceu expressamente à transportadora aérea alemã Lufthansa a sua colaboração.

A chanceler alemã, Angela Merkel confirmou na segunda-feira o encerramento parcial da vida pública "por tempo indeterminado" para impedir a propagação da pandemia do novo coronavírus.

A decisão, acordada pelo Governo federal e pelos ‘Länder’ (Estados), muda "por tempo indeterminado, dia a dia", com o objetivo de "evitar contágios" e desacelerar o avanço do Covid-19, reconheceu o ministro dos Negócios Estrangeiros.

A medida implica o encerramento de todas as instalações comerciais, exceto lojas de alimentos, farmácias e outros estabelecimentos de primeira necessidade, bem como bancos, bombas de gasolina, centros de saúde, cabeleireiros e lavandarias.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se no centro da pandemia, com quase 60 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos.

Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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