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Rei Carlos III abordou natureza assustadora de qualquer diagnóstico de cancro

LUSA
30-04-2025 23:54h

O rei Carlos III abordou hoje a natureza assustadora de qualquer diagnóstico de cancro, doença que revelou ter em fevereiro de 2024, numa mensagem de agradecimento às instituições de solidariedade que apoiam os doentes no Reino Unido.

"Os momentos mais sombrios da doença podem ser iluminados pela maior compaixão", escreveu a monarca, de 76 anos, que ainda está a ser tratado a um cancro de origem desconhecida, antes de uma receção realizada em homenagem a estas associações no Palácio de Buckingham.

O diagnóstico desta doença é "impressionante e, por vezes, assustador", reconheceu o soberano, que é uma das "390 mil pessoas que, infelizmente, recebem" notícias deste tipo todos os anos no Reino Unido.

Carlos III, que continua o seu tratamento mais de um ano depois de ter anunciado a sua doença, elogiou o "trabalho extraordinário" das organizações de caridade, que têm "a mais profunda admiração e gratidão de toda a sua família".

A sua nora Kate, mulher do príncipe herdeiro William, também revelou em março de 2024 que tinha cancro. Anunciou então em setembro o fim da quimioterapia e a remissão do cancro em janeiro de 2025.

O monarca britânico enfatizou a importância da "ligação humana", seja "a explicação cuidada de uma enfermeira, a mão segurada por um voluntário de um centro de cuidados paliativos ou a experiência partilhada num grupo de apoio".

Fonte da casa real, citada pela agência de notícias PA, referiu que não havia novas informações sobre a condição ou tratamento do rei, mas que tudo estava a caminhar numa "direção muito positiva", como evidenciado pela sua agenda "muito ocupada".

Carlos III, que retomou as suas funções reais na primavera de 2024 após um breve hiato, realizou recentemente uma visita de Estado a Itália no início de abril, durante a qual se encontrou com o papa Francisco e proferiu um discurso no Parlamento.

Poucos dias antes, passou um breve período no hospital, em 27 de março, depois de sentir "efeitos secundários" do tratamento oncológico.

A mensagem pessoal do rei foi impressa num folheto que será distribuído hoje à noite na receção no Palácio de Buckingham.

Nesta ocasião, deve ser prestada uma homenagem a Deborah James, figura na luta contra o cancro, cuja fundação angariou cerca de 16 milhões de libras (18,8 milhões de euros, à taxa de câmbio atual) para investigação e cuja morte chocou o Reino Unido em 2022.

 

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