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Moçambique avalia em julho estado das doenças crónicas não transmissíveis

Lusa
23-06-2024 10:03h

O Instituto Nacional de Saúde (INS) moçambicano realiza em julho, em todo o país, o Inquérito Nacional de Prevalência e Fatores de Risco de Doenças Crónicas Não Transmissíveis (InCRÓNICA-2024), para aferir o “estado de saúde dos moçambicanos”.

De acordo com informação daquele instituto público consultada hoje pela Lusa, o InCRÓNICA é financiado pelo Alto Comissariado do Canadá e pretende “avaliar aspetos definidos do estado de saúde dos moçambicanos em relação à prevalência de determinantes de doenças não transmissíveis e seus fatores de risco”.

Organizado pelo INS, o estudo vai ser feito em todo o mês de julho, conduzido em parceria com o Instituto Nacional de Estatística (INE), Ministério da Saúde (Misau) e Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Neste momento, a equipa de organização já dispõe de todo o material e equipamento médico inerente ao estudo, com destaque para balanças digitais, monitores de tensão arterial, analisadores profissionais ‘cardiocheck’ e pipetas. O material vai ser usado na recolha de dados importantes da população-alvo”, esclarece o INS.

Acrescenta que a formação dos inquiridores a serem envolvidos na atividade vai arrancar nos próximos dias, “com vista à produção de dados atualizados para melhor informar o desenvolvimento de programas e políticas de prevenção e tratamento das referidas doenças”, mas também visando “a promoção de estilos de vida saudáveis para a população”.

O Canadá anunciou em abril um financiamento de sete milhões de dólares canadianos (4,8 milhões de euros) que vai permitir a Moçambique realizar dois inquéritos para melhorar a prestação de serviços de saúde.

Segundo a informação divulgada pelo Alto Comissariado canadiano em Maputo, o financiamento, durante cinco anos, resulta de um memorando de entendimento rubricado em Maputo, em 19 de abril, entre os parceiros do projeto “Melhorar os dados para uma melhor prestação de serviços de saúde”, que junta a OMS, Misau e INS.

A representação diplomática acrescentou que o projeto irá, entre outros aspetos, permitir a realização de dois inquéritos nacionais, nomeadamente o Inquérito da Avaliação Harmonizada da Prontidão das Unidades e Serviços de Saúde (PrOSA) e o Inquérito Nacional de Prevalência de Fatores de Risco para as Doenças Crónicas Não Transmissíveis (InCRÓNICA).

O inquérito PrOSA será conduzido em cerca de 815 unidades sanitárias de nível primário e o InCRÓNICA em cerca de 5.720 agregados familiares em todo o país.

“Adicionalmente, será realizado um inquérito de género sobre as barreiras que afetam a procura de serviços de saúde sexual, reprodutiva, materna, neonatal, infantil e dos adolescentes. O projeto irá fortalecer a capacidade técnica de algumas unidades orgânicas do Ministério da Saúde no uso de dados de saúde para a planificação e elaboração de políticas de saúde”, refere o Alto Comissariado canadiano.

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