SAÚDE QUE SE VÊ

Hospital público no Quénia despede 100 médicos em greve há quase um mês

LUSA
09-04-2024 20:13h

Um hospital público da capital do Quénia, Nairobi, despediu 100 médicos que participam numa greve nacional que dura há quase um mês, informou hoje a sua direção.

O Kenyatta University Referral Hospital disse que foram contratados novos médicos para substituir os que estavam em greve.

Os médicos do Quénia entraram em greve a nível nacional em meados de março, exigindo melhores salários e condições de trabalho.

No domingo, o Presidente queniano, William Ruto, quebrou o silêncio sobre a greve, afirmando que não havia dinheiro para pagar aos médicos grevistas.

"Temos de ser honestos connosco próprios e a verdade é que temos de viver dentro das nossas possibilidades, não podemos pedir dinheiro emprestado para pagar os salários", afirmou Ruto.

O sindicato dos médicos manteve-se inflexível e hoje centenas de médicos participaram em protestos e apresentaram uma petição ao parlamento, instando os legisladores a intervir no seu conflito laboral.

Esta não é a primeira vez que os médicos quenianos fazem greve devido a más condições salariais e de trabalho. Em 2017, os médicos participaram numa greve de 100 dias que provocou a morte de pessoas por falta de cuidados. A greve terminou com o sindicato dos médicos a assinar um acordo com o Governo para aumentar os seus salários.

Os médicos dizem agora que parte do que foi acordado em 2017 não foi aplicado.

MAIS NOTÍCIAS