O Banco Alimentar de Cabo Verde recolheu cerca de 2,5 toneladas de alimentos nos estabelecimentos comerciais da capital, Praia, ilha de Santiago, durante o fim-de-semana, quantidade ligeiramente abaixo da recolhida em campanhas anteriores, disse hoje à Lusa a presidente, Ana Hopfer Almada.
“Costumamos recolher um bocadinho mais, mas a diferença não é assim tão grande: o que recolhemos em lojas é, em média, 2.500 a 3.000 quilos”, pelo que a recolha do último fim-de-semana ficou “uns 500 quilos” abaixo, referiu a presidente da Fundação Donana, que lidera o Banco Alimentar.
Ainda assim, “é uma boa quantidade”, apesar das dificuldades em doar, “com preços caríssimos”, acrescentou.
Esta foi a segunda campanha realizada este ano, depois de iniciativa idêntica em junho.
Os alimentos doados pela população vão juntar-se a 3,5 toneladas oferecidos por empresas.
A campanha decorreu também nas ilhas de São Vicente e Sal, onde os números ainda estão por apurar.
O banco alimentar criado há 11 anos “começa a estar muito sobrecarregado”, pois o número de pedidos “duplicou desde a pandemia de covid-19”, realçou Ana Hopffer Almada.
“Mensalmente distribuímos cestas básicas” dirigidas a 250 beneficiários permanentes, só na Praia, mais 100 a 200 pedidos pontuais “que vão aparecendo por causa das dificuldades”.
“Com os alimentos que temos, conseguimos preparar 500 a 600 cestas básicas, sem dificuldades”, referiu.
Um dos objetivos é chegar a todas as ilhas, concluiu.