SAÚDE QUE SE VÊ

Israel: Crescente Vermelho denuncia bombardeamentos perto de hospital em Gaza

Lusa
29-10-2023 22:16h

“O exército israelita continua deliberadamente a lançar mísseis nas imediações do hospital al-Quds para forçar o pessoal médico, os deslocados e os pacientes a saírem do hospital”, afirmou a organização num comunicado.

O Crescente Vermelho esclarece que, além dos doentes, aquele complexo hospitalar está a abrigar cerca de 14.000 pessoas, que procuram refúgio para se protegerem dos ataques israelitas.

Em declarações à agência France-Presse, o diretor daquele hospital, Bachar Mourad, revelou que hoje as equipas médicas receberam por duas vezes “sérias ameaças” de Israel para evacuarem a unidade de saúde porque seria bombardeada.

À mesma agência noticiosa, o porta-voz do exército de Israel explicou que foram feitos apelos ao hospital para que as pessoas possam ser retiradas para o sul de Gaza.

Na rede social X (antigo Twitter), o diretor da Organização Mundial de Saúde, Tedros Ghebreyesus, considerou que aquelas ordens de evacuação do hospital al-Quds são “profundamente preocupantes”.

“Voltamos a dizer que é impossível evacuar hospitais cheios de pacientes sem colocar as suas vidas em perigo”, afirmou.

Israel tem acusado o Hamas de utilizar hospitais para esconder armamento ou combatentes, embora o grupo islamita palestiniano o tenha negado.

O Ministério da Saúde de Gaza, que é gerido pelo Hamas, já contabilizou 57 ataques a instalações médicas desde 07 de outubro, o dia em que o grupo islamita atacou Israel, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, na maioria civis, segundo as autoridades.

Desde 07 de outubro, mais de 200 pessoas foram sequestradas e permanecem nas mãos do grupo islamita desde então.

Após o ataque, Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas.

Desde o início da guerra, mais de 8.000 pessoas morreram em Gaza, devido aos bombardeamentos que Israel realizou desde há três semanas, segundo o Ministério da Saúde do grupo islamita palestiniano Hamas.

MAIS NOTÍCIAS