A Confederação das Associações Moçambicanas de Pessoas Vivendo com VIH (sida) disse hoje, na cidade da Beira, querer promover estratégias para evitar o abandono do tratamento antirretroviral no país.
“Há muito abandono de tratamento. Queremos dar o espaço para que as pessoas vivendo com VIH tenham a oportunidade de desenhar seu plano, criar estratégias comunitárias no fortalecimento do sistema comunitário de saúde”, disse Ezequias André, secretário executivo da Confederação das Associações Moçambicanas de Pessoas Vivendo com VIH.
Ezequias André, que falava na abertura do encontro regional das associações no centro de Moçambique, afirmou que dos mais de dois milhões de pessoas que vivem com a doença no país, 29 % abandonaram o tratamento.
“Queremos maior envolvimento na busca dos (…) que são faltosos para com o tratamento. Sentimos a necessidade de envolver organizações da região centro na estratégia de respostas”, declarou.
A secretária de Estado em Sofala, Stella da Graça Pinto Novo Zeca, avançou que, na província, pelo menos 51% das pessoas que vivem com VIH já atingiram a supressão da carga viral.
“Mesmo com a supressão viral, as pessoas devem continuar a fazer o tratamento (…) Isso vai dar a possibilidade de as pessoas continuarem a desenvolver as suas atividades sem limitações”, sublinhou.
Na província de Sofala, pelo menos 220.115 pessoas estão infetadas com o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), dos quais 96% estão em tratamento antirretroviral, indicam dados oficiais.
De acordo com estimativas de 2022, divulgadas pelo Ministério da Saúde, cerca de 2,4 milhões de pessoas vivem com o VIH em Moçambique.