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Número de mortos por cólera na África do Sul sobe para 32

LUSA
09-06-2023 14:14h

O número de mortos por surto de cólera na África do Sul subiu para 32, após ter falecido mais uma pessoa na província de Free State, no centro do país, confirmaram hoje as autoridades sul-africanas.

De acordo com a imprensa local, o porta-voz do departamento nacional de saúde, Foster Mohale, disse na quinta-feira que havia 166 casos confirmados e 202 prováveis em cinco das nove províncias do país entre 01 de fevereiro e 06 de junho deste ano.

"A maioria dos casos foi registada em Gauteng (a província do norte, onde se situa a capital Pretória), que regista 152 casos, enquanto a província de Free State regista nove casos", disse Mohale.

As outras províncias afetadas pela epidemia são Limpopo (nordeste), Mpulanga (leste) e Noroeste (no norte).

"Se alguém tiver sintomas ligeiros de diarreia, deve dirigir-se aos nossos centros de saúde para receber tratamento urgente", acrescentou, exortando as pessoas a manterem hábitos como lavar as mãos e ferver a água antes de beber.

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, visitou na quinta-feira a cidade de Hammanskraal, a cerca de 50 quilómetros a norte de Pretória, o epicentro do surto.

Na visita, o chefe de Estado culpou o governo do município de Tshwane (que inclui a capital e Hammanskraal), nas mãos do primeiro partido da oposição, a Aliança Democrática (DA, na sigla em inglês), até fevereiro passado, pelo mau estado da estação de abastecimento de água na zona.

"O problema com a água nesta área começou há anos, o departamento nacional de água abordou Tshwane em várias ocasiões sobre esta dificuldade (...) até os levaram a tribunal porque a água é da responsabilidade do governo local e eles não fizeram o que deviam fazer", afirmou Ramaphosa.

O Presidente atribuiu ainda o surto a problemas financeiros, técnicos e de pessoal, sublinhando que "centrais hídricas desta dimensão e complexidade, que recolhem água de várias fontes, precisam de especialistas".

O Governo sul-africano, disse Ramaphosa, elaborou um plano para modernizar e expandir as instalações de água na região, que levará três anos e custará 4 mil milhões de rands sul-africanos (cerca de 197 milhões de euros).

A cólera é uma doença diarreica aguda causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados com o bacilo vibrio cholerae.

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