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Covid-19: Trabalhadores do apoio domiciliário da SCML incluidos no grupo prioritário de vacinação

LUSA
29-03-2021 17:29h

Os trabalhadores do serviço de apoio domiciliário da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) já foram identificados como prioritários para efeitos de vacinação contra a covid-19, estando a instituição a aguardar o fornecimento das vacinas.

Fonte da SCML adiantou à Lusa que a instituição “identificou os seus trabalhadores do serviço de apoio domiciliário, os quais foram sinalizados como grupo de vacinação prioritário junto da equipa da task-force”.

A mesma fonte acrescentou que neste momento a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa aguarda “o fornecimento das vacinas para proceder à respetiva vacinação”.

Hoje, o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas denunciava o facto de os trabalhadores do serviço de apoio domiciliário da SCML não terem ainda sido considerados prioritários para efeitos de vacinação contra a covi-19, depois de a 18 de fevereiro terem questionado tanto o coordenador da 'task-force' como o provedor da SCML sobre isso.

Segundo o sindicato, a resposta por parte da 'task-force' foi a de que “as prioridades do plano de vacinação são definidas pela direção-geral da Saúde de acordo com critérios de saúde pública (…) e com suporte científico na medida dos efeitos já medidos da pandemia na sociedade”.

“Ao contrário, o provedor da SCML, responsável máximo desta instituição à qual estes trabalhadores estão afetos, nem isso fez, continuando a mostrar manifesto desinteresse por este grupo profissional que, em inúmeros casos, foram os únicos que continuaram a prestar apoio a estes idosos em situação de completo isolamento social”, criticou o sindicato.

Acrescentou que em causa estão mais de 500 trabalhadores que prestam todo o tipo de apoio a idosos ao domicílio, que o fazem “com risco acrescido por não controlarem as condições de higiene e limpeza do espaço”, que se deslocam a diferentes domicílios e que têm um “rácio individual de utentes muito superior ao legalmente definido, o que aumenta, ainda mais, a rede de contactos e o risco de contágio”.

Alertou ainda que, ao não serem considerados como grupo prioritário para vacinação, estas pessoas continuavam a “expor-se diariamente a uma situação de risco grave”, podendo não só contrair o vírus, mas também infetar, nomeadamente idosos ou as suas famílias.

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