SAÚDE QUE SE VÊ

Secretário de Estado reforça cidadania como “pilar fundamental” da educação escolar

LUSA
29-03-2021 14:08h

O secretário de Estado adjunto e da Educação, João Costa, reforçou hoje a importância da cidadania como “pilar fundamental do currículo” escolar e equiparou a sua importância às disciplinas tradicionais.

Na sessão de abertura do 11.º Congresso Português de Sociologia, o governante destacou o papel das escolas para os “momentos futuros de recuperação e mitigação das desigualdades aceleradas pela pandemia” de covid-19 e frisou que, nesse sentido, a cidadania “é tão importante como a história, a geografia, a sociologia ou a físico-química”.

“Porque é ali que temos um espaço dedicado aos direitos humanos e estes, como sabemos, não são facultativos, não são adiáveis, nem sequer são negociáveis em sentido estrito. Sabemos todos que as ciências sociais são as indispensáveis ao alargamento dos direitos humanos”, justificou João Costa.

Por isso, e num congresso subordinado ao tema “Identidades ao rubro: diferenças, pertenças e populismos num mundo efervescente”, o secretário de Estado da Educação assegurou que o seu ministério tem estado “a promover uma cultura de escola com práticas que valorizam a multiculturalidade”.

“Valorizam-na não para mostrar que é diferente, mas sim para mostrar que é normal. Isto obriga-nos, também, a uma escola que é crítica e que promove olhares complementares”, frisou.

A título de exemplo, lembrou que “tem sido muito discutido se o ensino da história está colonizado”, mas o secretário de Estado do ministério liderado por Tiago Brandão Rodrigues sublinhou que “os documentos curriculares são muito claros”, assim como a “nova disciplina de história, cultura e democracias”, ao promover “um olhar múltiplo”.

“Cada história que nós contamos é contada a partir de um ponto de vista diferente e não são necessariamente a história boa e a história má. As coisas aconteceram, o que é preciso é sabermos interpretá-las”, apontou.

Em forma de introdução, João Costa já tinha, por isso, referido a importância da escola para “mitigar as posições fraturantes que vão surgindo entre o nós e o eles”.

“Achar que há nós e eles tem a ver com desconhecimento, que alimenta discursos fáceis e que podem ser perigosos. Este tema e uma crise como a que estamos a viver são o combustível ideal para radicalismos e para procurar culpados. Mostra bem quão importante é a escola e a formação de professores para podermos mitigar estas posições fraturantes que vão surgindo”, disse.

 

MAIS NOTÍCIAS