Em entrevista ao Canal S+, o responsável explica que “a saúde oral tem sido preterida e empurrada para os serviços privados, desde a criação do Serviço Nacional de Saúde, (…) mas está na altura de mudarmos isso”. O médico dentista reconhece que tem “existido uma aposta tímida do SNS, porém é preciso fazer mais”

Apesar de 2020 estar a ser um ano bastante atípico para todas as atividades profissionais por causa da pandemia de COVID-19, André Brandão de Almeida afirma que o Serviço Odontopediátrico de Lisboa (SOL) não conseguiu alcançar a projeção prevista, mas realizou a proeza de fazer 16 mil consultas até ao momento a 5600 utentes de 31 nacionalidades, sem qualquer custo para as famílias.

O director do Serviço Odontopediátrico de Lisboa (SOL) da SCML que é composto por 10 médicos dentistas e 3 higienistas pretende que o SOL complemente as ofertas disponíveis no SNS, como o cheque dentista, por exemplo. Para isso o SOL “dispõe de um corpo clínico que trabalha de forma dedicada, em regime de exclusividade”, atesta André Brandão de Almeida.

Perante os bons resultados alcançados, em apenas um ano, André Brandão de Almeida acredita que o SOL possa vir a ser “replicado” noutras regiões do país dentro em breve. Para que isso aconteça é apenas necessário que as outras “santas casas” que dispõem de autonomia assim o entendam.

Em apenas um ano de funcionamento o SOL fez 16 mil consultas, das quais: 250 de Endodontia, 800 de Cirurgia Oral, 1000 de Telemedicina, 3000 de Dentisteria operatória, 4000 de Medicina Dentária Preventiva e 7000 de 1ªVez ou Observação/Revisão.