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Universidade de Évora candidata projetos de investigação a concursos da FCT

LUSA
03-06-2020 17:57h

A Universidade de Évora (UÉ) anunciou hoje ter candidatado 185 projetos em diversos domínios científicos e outros dois projetos centrados na pandemia de covid-19 a concursos da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

Em comunicado, a UÉ anunciou ter submetido recentemente 185 candidaturas no âmbito do Concurso FCT para Projetos de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico (IC&DT) “em todos os domínios científicos”.

O número de projetos “demonstra a vitalidade da academia” alentejana e “o empenho dos investigadores”, que “ano após ano, têm submetido maior número de candidaturas a programas nacionais e internacionais de grande qualidade”, destacou o vice-reitor da UÉ para a Investigação e Desenvolvimento, António Candeias, citado no comunicado.

Das 185 candidaturas, a UÉ lidera 108, sendo entidade parceira nas outras 77, adianta o comunicado.

O Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento (MED) foi a unidade de investigação da UÉ que submeteu o “maior número de candidaturas a projetos”, seguido pelo Laboratório HERCULES, com 29 candidaturas, e o Polo de Évora do Instituto de Ciências da Terra (ICT), com 18.

No que respeita a outro concurso da FCT, a 2.ª edição do “RESEARCH 4 COVID-19”, equipas da Universidade de Évora candidataram os outros dois projetos, centrados na doença causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).

Um deles, designado “3S+: Saúde, Segurança e Solidariedade no mundo pandémico e pós-covid-19”, é coordenado por Carlos Alberto da Silva, professor do Departamento de Sociologia e "pretende estudar os problemas de suporte social e de saúde às pessoas com deficiência, através da metodologia de diagnóstico prospetivo”, resumiu a universidade.

Caso a candidatura seja aprovada, a equipa vai também procurar estudar as tendências da ação dos atores sociais face aos fatores de risco nas pessoas com deficiência submetidas a confinamento e pós-confinamento nas Regiões do Alentejo e Algarve.

A identificação dos “fatores críticos que afetam a segurança e a qualidade das práticas institucionais e dos cuidadores às pessoas com deficiência” é outro dos objetivos.

A outra investigação, coordenada por Paulo Quaresma, professor do Departamento de Informática, intitula-se “SNS24 Scout+” e é uma extensão de outro projeto, o “SNS24 Scout”, já financiado pela FCT e que aplica técnicas de aprendizagem automática e de processamento de Língua Natural para analisar em tempo real as chamadas telefónicas da linha SNS24.

“Com o ‘Scout+’ serão criados novos modelos de classificação automática das chamadas, de forma a considerar as alterações aos protocolos efetuadas pela Direção-Geral da Saúde” devido à covid-19”, esclareceu a UÉ, frisando que vão ser ainda “criados mecanismos de alerta automático, por região, para potenciais reincidências” da doença.

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