Dois meses após o início da pandemia da Covid-19, terminado o Estado de Emergência, decretado o Estado de Calamidade e em plena fase de Desconfinamento, o Canal S+ conversou com o Instituto Nacional de Emergência Médica sobre o trabalho efetuado pelos trabalhadores e colaboradores do Instituto na resposta a cada uma destas fases.
Tem como missão, garantir a prestação de cuidados de emergência médica em Portugal e, por esse motivo, o Instituto Nacional de Emergência Médica – INEM, não poderia deixar de estar, desde o primeiro minuto, na linha da frente da resposta à pandemia da Covid-19.
António Barbosa, médico responsável da Delegação Regional do Norte do INEM, diz mesmo que esta resposta teve início "antes até do momento zero, no momento menos um" e explica como o INEM se adaptou e respondeu às várias necessidades que foram surgindo, em consequência das várias fases desta pandemia.
A segunda fase de desconfinamento teve início a 18 de Maio, com a reabertura de vários serviços.
António Barbosa explica que nesta fase, as preocupações estão relacionadas, não tanto com a questão da emergência médica relacionada com a Covid-19, mas com o impacto secundário que daqui pode advir.
Para além do transporte de utentes suspeitos de infeção por Covid-19 e da disponibilização de equipas de enfermagem para efetuar a recolha de amostras biológicas em domicílios, lares ou outras instituições, o INEM alocou aos aeroportos continentais, equipas para monitorizar e avaliar casos suspeitos que chegavam aos nossos aeroportos.
Segundo dados da Direção-Geral da Saúde – DGS, desde o dia 20 de Março e até ao dia 10 de Maio, foram monitorizados pelo INEM, 1.598 passageiros, tendo sido detetados 10 casos suspeitos.
Questionado sobre a possibilidade de isto voltar a acontecer, com o regresso à atividade dos aeroportos portugueses, o médico responsável da Delegação Regional do Norte considera que este é um cenário que não pode ser descartado.
Um desses fatores externos é a reabertura da época balnear, que acontece no próximo dia 06 de Junho.
Sobre a mobilização do INEM neste contexto, António Barbosa diz que o Instituto "está de porta aberta para aquilo que forem as necessidades".
O médico responsável da Delegação Regional do Norte destaca a importância da colaboração entre todos os agentes de proteção civil na resposta a esta pandemia.