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Reino Unido disponibiliza 4,5 ME para ajudar a desminar Gaza

LUSA
30-10-2025 19:37h

O Reino Unido vai contribuir com 4 milhões de libras (4,5 milhões de euros) para desminar a Faixa de Gaza e assim facilitar a distribuição de ajuda humanitária, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Este financiamento, destinado ao Serviço das Nações Unidas de Ação contra as Minas (UNMAS), permitirá o envio de mais especialistas encarregados de remover minas, bombas e outras munições lançadas sobre o enclave palestiniano devastado por mais de dois anos de guerra com Israel, explicou o ministério.

A 10 de outubro, entrou em vigor um acordo de cessar-fogo, o terceiro desde o início da guerra, desencadeada por um ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas a Israel, a 07 de outubro de 2023.

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) britânico, a desminagem é um “elemento essencial” deste acordo, mediado pelos Estados Unidos, uma vez que visa melhorar o acesso da ajuda humanitária.

“Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que Gaza recebe grandes quantidades de ajuda. Não podemos prestar a ajuda necessária sem desminar o território e avançar para uma paz duradoura”, declarou a chefe da diplomacia britânica, Yvette Cooper, num comunicado.

O seu ministério especificou que ela se deslocará ao Médio Oriente nos próximos dias.

No início de outubro, a organização não-governamental (ONG) Handicap International estimou que tinham sido lançadas sobre Gaza aproximadamente 70.000 toneladas de explosivos desde o início da guerra.

Em janeiro, o UNMAS estimou que “entre 5% e 10%” das munições disparadas sobre a Faixa de Gaza não explodiram.

Hoje, Yvette Cooper esteve na sede britânica da HALO Trust, a maior organização humanitária de desminagem do mundo, situada no sudoeste de Inglaterra, e ali se reuniu com representantes do UNMAS e do Mines Advisory Group (MAG), uma ONG britânica que fornece ajuda a pessoas atingidas por minas.

Na sua visita, a ministra conversou com operadores britânicos já presentes na região, “prontos para contribuir para tornar Gaza mais segura”.

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