O Reino Unido vai contribuir com 4 milhões de libras (4,5 milhões de euros) para desminar a Faixa de Gaza e assim facilitar a distribuição de ajuda humanitária, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Este financiamento, destinado ao Serviço das Nações Unidas de Ação contra as Minas (UNMAS), permitirá o envio de mais especialistas encarregados de remover minas, bombas e outras munições lançadas sobre o enclave palestiniano devastado por mais de dois anos de guerra com Israel, explicou o ministério.
A 10 de outubro, entrou em vigor um acordo de cessar-fogo, o terceiro desde o início da guerra, desencadeada por um ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas a Israel, a 07 de outubro de 2023.
Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) britânico, a desminagem é um “elemento essencial” deste acordo, mediado pelos Estados Unidos, uma vez que visa melhorar o acesso da ajuda humanitária.
“Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que Gaza recebe grandes quantidades de ajuda. Não podemos prestar a ajuda necessária sem desminar o território e avançar para uma paz duradoura”, declarou a chefe da diplomacia britânica, Yvette Cooper, num comunicado.
O seu ministério especificou que ela se deslocará ao Médio Oriente nos próximos dias.
No início de outubro, a organização não-governamental (ONG) Handicap International estimou que tinham sido lançadas sobre Gaza aproximadamente 70.000 toneladas de explosivos desde o início da guerra.
Em janeiro, o UNMAS estimou que “entre 5% e 10%” das munições disparadas sobre a Faixa de Gaza não explodiram.
Hoje, Yvette Cooper esteve na sede britânica da HALO Trust, a maior organização humanitária de desminagem do mundo, situada no sudoeste de Inglaterra, e ali se reuniu com representantes do UNMAS e do Mines Advisory Group (MAG), uma ONG britânica que fornece ajuda a pessoas atingidas por minas.
Na sua visita, a ministra conversou com operadores britânicos já presentes na região, “prontos para contribuir para tornar Gaza mais segura”.